Faq - Álcool E Drogas

Perguntas Frequentes

Tratamento Especializado - Álcool & outras drogas
  • 01 - Que tipo de tratamento é o mais indicado?
    Isso depende de vários fatores, do tipo de substância utilizada, do padrão de consumo estabelecido, tempo de uso, das alterações comportamentais já instaladas, da personalidade do paciente. A família, histórico de vida, de tratamentos anteriores e recursos internos e externos com os quais se pode contar. O tratamento na forma de internação é o último recurso e deve ser utilizado quando os demais tipos de tratamento não surtiram o resultado esperado.
  • 03 - Quanto tempo é necessário?
    Isso varia caso a caso, de acordo com o histórico de uso e de tratamentos, personalidade, família e engajamento no tratamento. Porém, pode-se dizer que um período mínimo de 90 dias permite algum desenvolvimento, para o ciclo completo de tratamento pede-se o período de 180 dias, isso a fim de que haja uma real condição de tratamento e de capacidades e habilidades, lembre-se de que é algo delicado e gatilhos inconscientes de uso, conflitos, raiva, medo, instabilidades, amigos, ambientes, tudo isso converge de uma forma negativa, por isso o tempo mais extenso de tratamento muitas vezes é necessário.
  • 05 - A culpa é minha?
    Não. O sentimento de culpa tende a ser uma resposta emocional comum, não vejo como culpa, vejo como parte de uma responsabilidade frente à situação. Vamos trocar a palavra culpa por responsabilidades, a dependência é um conjunto de muitos fatores, personalidade, aspectos sociais, familiares, relacionamentos, profissão, desejos… enfim, culpar-se não irá resolver a situação, tende somente a agravar as respostas de enfrentamento. Se você sente-se culpado pelo uso de alguém querido é hora de buscar orientação.
  • 02 - Tratamento voluntário ou involuntário: qual funciona?
    A consciência do problema de dependência do álcool ou outras drogas é um processo gradual, que traz consigo um longo histórico de registros emocionais traumáticos, medo, insegurança, sentimentos de incapacidade, em certo momento uma ‘entrega’ ao uso e uma atitude de desesperança, “não há nada que posso fazer” é uma linha de pensamento comum. O tratamento voluntário tem a vantagem de que o paciente deseja restabelecer um vínculo positivo com a vida, isso ajuda por não ter de depender de intervenções psicológicas de conscientização. O involuntário é uma medida mais intensiva, porém necessária em situações de risco para si ou para o meio. O ideal é que o involuntário seja direcionado para aderir ao tratamento, isso faz parte do processo e é o foco inicial após a estabilidade do quadro comportamental e emocional. O período de desintoxicação e abstinência tende a ser difícil, por isso a necessidade de ajuda especializada.
  • 04 - O que a família pode fazer?
    A família tende a reagir com medo do quadro de descontrole, aqui o primeiro e mais essencial é buscar ajuda especializada, ter atenção com a qualificação do profissional que a orienta, deve ser alguém com experiência e formação na área. A boa direção nesse momento é crucial, com o tempo a participação familiar mostra-se fundamental para compreender o processo da dependência e seus reflexos, como lidar com o dia a dia e seus desafios. A dica é: busque orientação. Evite preconceitos ou atitudes hostis, isso somente agrava a situação.
  • 06 - É possível ter esperança?
    Sim, é possível superar a crise do descontrole e ter uma vida plena, isso depende de uma atitude de enfrentamento diante do quadro de uso; veja bem: algumas pesquisas indicam que as famílias demoram de 5 a 8 anos para decidir pelo tratamento, isso por um conjunto de fatores: medo, desconhecimento, manipulações, distorções de pensamentos e demais. Agir de forma correta é o mais importante para que o processo de tratamento possa ter resultados positivos. Temos resultados positivos e negativos, contudo um diferencial: cada experiência negativa torna-se um aprendizado para novos caminhos.